segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O mercado da moda e a propriedade intelectual

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O mercado da moda movimenta bilhões de dólares no mundo e envolve diversos profissionais e empresas de diversos ramos, inclusive o jurídico. Um desfile, por exemplo, acontece depois da assinatura de muitos contratos — de direito de imagem, de exclusividade, de propriedade intelectual, publicidade. No país, os litígios relacionados a este mercado têm crescido substancialmente nos últimos anos.
O chamado Fashion Law já ganhou destaque nos Estados Unidos e na Europa, onde é possível encontrar escritórios de advocacia especializados e também centro de estudo interdisciplinares, como a Fordham Law de Nova York, primeira instituição de ensino a oferecer o curso de Fashion Law. Lá, há um instituto para aproximar o mundo fashion do mundo jurídico, com a participação de designers, estilistas e advogados.
No Brasil, Mariana Valverde deixou as passarelas para solucionar juridicamente os conflitos. Fundadora do Valverde Advogados, explica que esse mercado envolve Direito Publicitário, Regulamentar, Propriedade Intelectual e Concorrencial. “Não existe uma área específica, e sim uma série delas, que juntas formam o Fashion Law. O mercado fashion não é só o mercado de luxo, ele engloba tanto as grandes grifes, quanto as menores. Ou seja, tanto uma Louis Vuitton quanto uma do bom retiro precisam tomar certos cuidados.”
O mercado de moda brasileiro tem uma particularidade: a maior parte dos contratos exige exclusividade. Ou seja, se uma modelo faz um comercial de shampoo, ela não pode fazer propaganda para produtos de marca concorrente dentro do prazo estipulado no acordo. Mariana explica que muitas vezes os produtos ficam estocados, e são postos à venda após o prazo regulamentado pela cláusula contratual. Nesse caso, cabe ao fornecedor do produto controlar as remessas de produtos enviadas, para evitar um processo por uso indevido da imagem.
Outro problema frequente nesse meio é em relação ao direito de imagem. Em um caso defendido por Mariana, a Mob Studio de Fotografia pedia indenização da Infinity Comunicação (Esbelt) e o reconhecimento de danos morais, alegando que o contrato previa a veiculação no território nacional, por um período de um ano. Em meados de 2010, a autora tomou conhecimento de que o material publicitário estava sendo veiculado na Colômbia e na internet, sem prévia autorização e remuneração dos titulares do direito de imagem.
Na sentença, o juiz Antonio Carlos Negreiros entendeu que estavam “caracterizados, portanto, o desautorizado uso das imagens e a culpa da anunciante. Já que a lei assegura a preservação da imagem, com expressa previsão legal do direito à indenização pela sua desautorizada exploração comercial (CC, art. 20). O dano pode afetar tanto o direito à personalidade (bem imaterial) como patrimonial.” Com isso, o juiz condenou a Esbelt a pagar R$ 80 mil ao fotógrafo, pelo uso abusivo de sua imagem.
A advogada Michelle Hamuche, sócia de Mariana Valverde, recomenda atenção na assinatura de contratos. “Eles precisam ser bem avaliados para evitar problemas futuros. Hoje, o mercado está mais preocupado em cumprir as exigências legais.”
Em abril de 2011, o francês Christian Louboutin, especialista em calçados de luxo, decidiu entrar na Justiça francesa contra a prestigiada grife Yves Saint Laurent depois de ver na vitrine da concorrente um sapato com o solado vermelho, sua marca registrada. Inspiração? Releitura? Louboutin entendeu que era uma cópia descarada.
Segundo reportagem da Vejinha Rio de Janeiro do último sábado (14/1), os próprios estilistas assumem que essa é uma prática comum no mercado: 75% reclamam que tiveram peças imitadas por concorrentes e 58% admitem já ter clonado modelos de outras grifes. Eles ainda contam que saem às compras e visitam lojas pelo menos uma vez ao mês para uma rápida espionada no que os rivais andam fazendo.
A advogada Mariana Valverde explica que esse assunto entra na seara da proteção da criação, voltada aos direitos autorais. O Brasil não tutela esse tipo de produção, mas algumas coisas são marcas registradas, como, por exemplo, o jacarezinho da Lacoste, ou o F da Fórum. O que é proibido no país é tentar se fazer passar pela marca, o que permite a aplicação da legislação antipirataria.
O Fashion Rio pede atenção dos advogados ligados a este mercado, para verificar o cumprimento de contratos. Mas Mariana diz que a maioria dos contratos é firmada antes do evento e a procura pelos profissionais de Direito nessa hora gira em torno de obter alvará autorizando as modelos menores de 18 anos de darem seus passinhos na passarela.
Aos interessados em advogar nessa área é importante saber que a maioria das agências de modelo e publicidade tem seu time de profissionais para garantir que a imagem de seus modelos esteja sendo devidamente utilizada.
Fonte: Consultor Jurídico

Jornalista do Notisul de Tubarão publica nota sobre D'Mark Marcas e Patentes

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Confira nota exclusiva publicada pelo Cristiano Carrador, na coluna Contexto do Jornal Notisul, de Tubarão, abordando conquista de registro de marca internacional:

INPI reduz prazo de concessão para registro de patentes

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Após bater recorde de pedidos de marcas e patentes no ano passado, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) está reduzindo a expectativa de prazo médio para análise de patentes no Brasil. Este período foi reduzido de 8,3 anos em 2010 para 5,4 anos em 2011, o que representa uma variação de 35% em apenas um ano. Em 2006, este prazo era de 11,6 anos. De lá pra cá, verificou-se uma queda acumulada de 53%.
Vale lembrar que este cálculo é feito da seguinte forma em todos os anos: ele considera o número de pedidos na fila e a capacidade de decisão do INPI. Isso significa que pedidos depositados no 1º semestre de 2011 devem ser examinados até 2016. No entanto, como a demanda por patentes é crescente, também é preciso ampliar a capacidade do INPI, contratando mais examinadores. O Instituto estima que precisa ampliar seu quadro de especialistas em 130% para atingir a meta de examinar patentes em quatro anos até 2015, conforme previsto no Plano Brasil Maior, do Governo Federal. Isso proporcionará maior segurança, valor e competitividade às patentes no país.
Os resultados alcançados nos últimos anos decorrem, basicamente, de três fatores: a modernização dos serviços de patentes, o arquivamento de processos que estavam sem pagamento e a contratação de pessoal. Ações que contribuíram para a redução da fila e a aceleração das análises.
Mas o processo não termina aí: ainda em 2012, o INPI lançará o depósito de patente via Internet, o que facilitará ainda mais a vida dos empresários brasileiros, especialmente os pequenos.  Com o novo sistema, o usuário poderá preencher todos os formulários e documentos técnicos e enviá-los automaticamente para o instituto. O sistema gera o número oficial do processo, com o qual o usuário poderá acompanhar todo o trâmite via Internet.
Confira a evolução da expectativa de prazo para análise de patentes: 

ANO

PRAZO

2006
11,6  – anos
2007
  7,3 – anos
2008
10,4  – anos
2009
10,3  – anos
2010
  8,3  – anos
2011
  5,4  – anos

Fonte: Silva & Filho

Opalas e joias artesanais de D. Pedro I ganham Indicação Geográfica

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O INPI anunciou, no dia 17 de janeiro de 2012, o deferimento da Indicação Geográfica, na modalidade Indicação de Procedência, para as opalas preciosas, e as joias produzidas a partir delas, em Pedro II, no Piauí. O conselho local tem um prazo de 60 dias para pagar a taxa referente à expedição do certificado e, assim, garantir a formalização do registro.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Matéria de atuação na D'Mark no Criciúma Esporte Clube é publicada no Clic A Tribuna

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Produtos e serviços são alvos de falsificação em muitos setores. Um deles é o futebol, onde empresas exploram indevidamente o nome ou a imagem do clube e lucram com isso, comercializando itens pirateados.
Mesmo tomando precauções para evitar o problema, o Criciúma foi vítima da prática ilegal recentemente. Em dezembro, foram apreendidas 200 produtos piratas do time, como camisetas, calções, roupas íntimas e xícaras que estampavam a marca sem a anuência do clube.
Segundo especialistas, uma forma de combate à pirataria é o registro de marca de produto/serviço, patente do produto ou registro do seu desenho industrial no Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).
“O registro é meramente facultativo, mas apenas este documento garante a prova de anterioridade em relação à obra idêntica publicada ou divulgada por terceiros sem autorização”, explica o consultor e agente Rodrigo Monteiro, da D’Mark Marcas e Patentes. “No caso dos clubes, as ações consequentes vêm de estimular o torcedor de sempre adquirir um produto original, ou seja, uma camiseta ou um símbolo licenciado”, completa.

D'Mark conquista registro de marca internacional para Itagres

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Com quase 30 anos de atuação no mercado cerâmico e detentora de um dos mais modernos parques industriais no Brasil, a Itagres comemorou recentemente uma nova conquista para sua atuação no exterior. Através da assessoria prestada pela D’Mark de Criciúma, foi obtido o registro da marca “Itagres” para uso nos Estados Unidos, junto ao órgão da Propriedade Intelectual norte-americano (USPTO).

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Domínios da web com novas regras em 2012

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Novas regras passaram a valer a partir do dia 12/1 na internet em relação aos nomes de domínios dos sites. Agora empresas, marcas e instituições podem propor qualquer terminação para seus endereços ou os chamados domínios genéricos superiores. Assim, domínios como ".banco", ".sp", ".dmark" já podem existir.
Para Rodrigo Azevedo, advogado, os novos endereços possibilitam "um melhor posicionamento da marca na internet, ampliando as possibilidades de comunicação e visibilidade global de conteúdos", além, claro, "de uma alternativa para o esgotamento do .com e .com.br
Outro ponto muito benéfico para as marcas e empresas é a prevenção de crimes ou fraudes virtuais. Assim, "todo o conteúdo publicado abaixo de .marcax, por exemplo, seria conteúdo oficial da marca "X", diz o advogado.
Entre os principais motivos que levam as empresas a investirem em novos domínios estão a personalização de seu lugar na web, atribuição de status digital à marca, possibilidade de comercialização de sites e e-mails com o nome de domínios e oportunidades quase ilimitadas de novos endereços.

Fonte: Olhar Digital

domingo, 22 de janeiro de 2012

Milhares de sites dos EUA saem do ar em protesto contra projetos de lei antipirataria

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A pirataria ganhou, nas últimas 24 horas, as páginas dos principais jornais do mundo e foi um dos temas mais comentados nas redes sociais. A repercussão foi provocada pela prisão do fundador do Megaupload — um dos maiores sites de compartilhamento de arquivos —, Kim Schmitz, e da suspensão do projeto Sopa, o projeto de lei antipirataria na internet, de iniciativa do deputado republicano Lamar Smith, que tramita no congresso americano.
A decisão de suspender a discussão do projeto ocorreu após diversos protestos na internet, em especial nas redes sociais. Na quinta-feira, portai,s como a enciclopedia virtual Wikipedia, saíram do ar nos EUA em protesto contra o projeto. "Eu ouvi as críticas e levo a sério as preocupações em relação à legislação que tem como objetivo acabar com o problema da pirataria on-line", disse Smith. "Está claro que precisamos rever a maneira de como garantir que ladrões estrangeiros parem de roubar e vender invenções e produtos norte-americanos."
O senado americano já havia adiado a votação prevista para terça-feira do projeto de Lei de Proteção à Propriedade Intelectual, em estudo no Congresso, devido às recentes medidas de protesto contra o projeto. "Diante dos acontecimentos recentes, foi decidido adiar a votação”, afirmou o chefe da maioria democrata do Senado, Harry Reid, em um comunicado, após os movimentos de protestos inéditos na internet realizados nesta semana pela Wikipédia e pelo Google, entre outros.
Prisão

Enquanto nos Estados Unidos os congressistas são pressionados para não aprovar uma lei que, entre outras medidas, permite a retirada do ar de sites que disponibilizam arquivos sem o devido recolhimento do direito autoral, na Nova Zelândia determinou a prisão preventiva do fundador de um dos maiore sites de compartilamento de arquivos, Kim Schmitz, do Megaupload.

De acordo com o site do FBI, além de  Schmitz, foram presos Finn Batato e Mathias Ortmann, todos alemães, e o holandês Bram van der Kolk. Eles foram detidos "pelas autoridades da Nova Zelândia, que executou mandados de prisão provisória solicitada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos ". Eles são acusados de causar prejuízos de US$ 500 milhões com o compartilhamento de arquivos sem autorização e remuneração aos criadores das obras compartilhadas. 
"Não temos nada a esconder", afirmou o fundador do portal, que também negou as infrações, segundo a revista online Computerworld da Nova Zelândia. A justiça da Nova Zelância decidirá apenas na segunda feira se fixará fiança para conceder liberdade aos presos. Os advogados do governo dos EUA já manifestaram contrários à liberdade mediante pagamento.
Suspensão

O Megaupload foi retirado do ar na última quinta-feira pelas autoridades americanas sob a acusação de fazer parte de "uma organização ilegal responsável por uma enorme rede de pirataria virtual mundial".

Apesar de partilhar do mesmo ponto de vista, a Nova Zelândia não deve apresentar acusações formais contra o Megaupload. No entanto, a polícia local confiscou dos detidos e da empresa bens avaliados em 4,8 milhões de dólares, além de 8 milhões de dólares depositados em contas em diversos bancos no país.Outras operações foram realizadas pelos EUA em mais nove países, incluindo Holanda e Canadá.
Em reação ao fechamento do Megaupload, o grupo de hackers Anonymous desferiu ciberataques que bloquearam temporariamente o site do Departamento de Justiça dos EUA e da produtora Universal Music, entre outros.


Fonte: Consultor Jurídico

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

INPI e ABDI lançam Panorama de Patentes de Nanotecnologia com pedidos brasileiros

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Resultado de uma parceria entre o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o boletim Panorama de Patentes de Nanotecnologia acaba de ser lançado e está disponível no Portal INPI. A edição reúne os pedidos de patentes de residentes brasileiros feitos no mundo todo, com soluções técnicas em nanotecnologia que podem ajudar empresas de modo geral.
Os capítulos estão divididos por assuntos: nanomateriais com diversas aplicações; medicina/biotecnologia; cosméticos; ambiente/energia; agricultura; têxtil; medição/sensores; eletrônica e pesquisas espaciais.
Cabe ressaltar que os pedidos de patentes presentes na publicação ainda não foram objeto de análise, o que significa que poderão ou não ser concedidos. Ainda assim, optou-se pela divulgação das tecnologias desenvolvidas mais recentemente, já que a concessão das respectivas patentes demanda algum tempo.
- A partir do conhecimento dessas patentes, é possível que algum interessado busque um licenciamento e, além disso, as informações do boletim podem ser fonte de ideias para o desenvolvimento de novas invenções. Sem contar que monitorar o mercado e concretizar eventuais parcerias é fundamental em uma área de inovações como é a nanotecnologia - enumera Maria Luisa Machado Campos Leal, diretora da ABDI.
As patentes reúnem boa parte do que é produzido em termos de tecnologia no mundo. Afinal, se a patente é concedida, ganha-se o direito de exploração exclusiva por 15 ou 20 anos, dependendo da natureza do pedido. Em troca, o detentor é obrigado a revelar como gerou a invenção, abrindo caminho para novas invenções.
- Iniciativas como esta são grandes passos para dar mais visibilidade ao conhecimento neste campo, possibilitando parcerias, novas pesquisas e a geração de patentes - afirmou Jorge Avila, presidente do INPI.
Além de nova, a nanotecnologia é um campo multidisciplinar, que potencializa várias esferas de conhecimento ao seu redor, como Química, Física, Ciências Biológicas, Engenharias e Tecnologias. De sua aplicação, surgem inovações e melhorias em fármacos, dispositivos semicondutores, sistemas de energia, novos polímeros, soluções para problemas energéticos, entre outros.

Fonte: INPI

Projetos de lei antipirataria dos EUA geram protestos na internet

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Dois projetos de lei sobre a pirataria na internet estão alimentando muita discussão nos Estados Unidos. E na quarta 18, geraram também protestos em vários sites americanos.
A página em inglês da maior enciclopédia online do mundo amanheceu sem conteúdo. Só uma curta mensagem: "imagine um mundo sem conhecimento livre". Já a página americana do maior site de buscas apareceu com uma tarja preta no próprio nome.
Os protestos são contra dois projetos que estão sendo discutidos no Congresso americano para acabar com a pirataria online - como as cópias, de graça, feitas sem autorização - e impedir o compartilhamento ilegal de vídeos e músicas.
Os projetos têm apoio das gravadoras e dos estúdios de cinema dos EUA. Eles querem uma legislação mais eficiente, que proteja os direitos autorais e os empregos do setor.
As leis que estão sendo propostas responsabilizam os mecanismos de busca, como o Google, por exemplo, caso divulguem algum endereço eletrônico que ofereça conteúdo ilegal.
E as penas incluem o fechamento do site que levar o internauta até os piratas e prisão de até cinco anos aos responsáveis.
De acordo com Google, Wikipedia, Youtube, Yahoo, Twitter, Facebook, os projetos dão margem à censura e comprometem a liberdade na internet.
As empresas dizem que não apoiam a pirataria, mas consideram os projetos abrangentes demais. Em Nova York, manifestantes protestaram em frente ao prédio onde ficam os escritórios de senadores.
internet. A Casa Branca pediu que os dois lados trabalhem juntos.
Para o governo americano, é preciso chegar a uma legislação que evite o risco de censura sobre a atividade legal na internet - mas que proteja a economia e os empregos do mal causado pela pirataria.
O protesto também teve o apoio de alguns sites no Brasil.

Fonte: G1

domingo, 15 de janeiro de 2012

Consultora da D'Mark é entrevistada na Rádio Marconi de Urussanga

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Apresentar o diferencial e o que significa a conquista da Indicação Geográfica para os produtores do Vale da Uva Goethe. Com este propósito, a consultora da D'Mark Marcas e Patentes, Júlia Thaiz Bortolatto, foi entrevistada por telefone durante 15 minutos pelo radialista Geraldo Custódio (foto).
A pauta fez parte do programa Comando Marconi da Rádio Marconi, com sede em Urussanga.

Lei da Copa concede privilégios à Fifa

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Muito se tem discutido sobre o projeto da Lei Geral da Copa, atualmente em exame por uma comissão especial da Câmara dos Deputados em Brasília, mas cuja votação em plenário foi adiada para este ano. O projeto visa basicamente atender exigências contidas no caderno de encargos da Fifa para realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil e faz parte das garantias dadas pela União para sediar o evento. Como projeto é polêmico, debates em torno das demandas da Fifa são constantes desde a divulgação do mesmo, não somente no meio esportivo, mas também na imprensa e no mundo jurídico.
Uma série de aspectos controvertidos estão fazendo com que a votação do projeto pelo Congresso Nacional demore muito mais que o previsto, testando a paciência dos dirigentes da Fifa. Como amplamente divulgado na mídia, as questões mais polêmicas levantadas pelos parlamentares têm sido a meia entrada para idosos, estudantes, índios, participantes dos projetos de transferência de renda e da campanha do desarmamento, bem como a liberação do consumo de bebida alcoólica nos estádios durante os jogos da Copa do Mundo de Futebol da Fifa. Todavia, o projeto da Lei Geral da Copa também contempla outras previsões legais igualmente discutíveis, que, embora não sejam objeto de grande discussão na mídia, são alvo de intensos debates pela comunidade jurídica especializada.
Destaca-se a seção que trata da “Proteção Especial dos Direitos de Propriedade Industrial Relacionados aos Eventos”, constante no capítulo II do projeto, que prevê tratamento diferenciado para proteção às marcas e símbolos inerentes à Copa do Mundo de Futebol. O primeiro deles é a obrigatoriedade do Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI, autarquia federal responsável pela concessão de patentes e registros de marcas, anotar em seus cadastros, sem o devido processo legal, o alto renome ou a notoriedade dos símbolos e marcas indicados pela Fifa. 
“As marcas de alto renome são aquelas amplamente conhecidas em nosso território nacional e que necessitam de registro no Brasil para sua proteção. Já as marcas notoriamente conhecidas são aquelas em que é sabido serem de propriedade de uma pessoa amparada pela Convenção da União de Paris para a Proteção da Propriedade Industrial, em qualquer lugar do mundo”.
Não se questiona a fama dos símbolos e das marcas inerentes à Copa do Mundo de Futebol, nem a importância econômica do evento e sua contribuição para exposição do país. Contudo, não se pode admitir um tratamento diferenciado mais benéfico em favor da Fifa, sob pena de violação de princípios constitucionais básicos. Existem inúmeras outras marcas no mundo empresarial igualmente importantes ou até mesmo mais famosas que as da Fifa, mas que, para adquirirem o status de alto renome ou notoriamente conhecida junto ao INPI, necessitam cumprir todo um procedimento administrativo específico perante a referida autarquia, sujeito a uma série de provas e exame rigoroso.
Mas não é somente isto. O projeto da Lei Geral da Copa isenta ainda a Fifa do pagamento das custas devidas para “todos os procedimentos no âmbito do INPI até 31 de dezembro de 2014”. Novamente aqui o projeto confere à Fifa um tratamento mais favorável, eis que todos os outros demais usuários do INPI estão obrigados ao recolhimento das custas referentes aos serviços prestados pela autarquia.
Ademais, o projeto estabelece que “o INPI adotará regime especial para os procedimentos relativos a pedidos de registro de marca apresentados pela Fifa ou relacionados à Fifa até 31 de dezembro de 2014”. Ou seja, segundo o projeto, o INPI será obrigado a adotar com relação aos pedidos de registro de marcas de interesse da Fifa prazos bem menores e procedimentos diferentes (e mais céleres) daqueles previstos na Lei da Propriedade Industrial e para os quais todos os demais usuários dos serviços do INPI devem observar e cumprir rigorosamente.
Enfim, é claro que a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil ajudará a projetar o país no cenário mundial, entretanto, isto não pode ser feito a todo e qualquer custo, esquecendo de princípios constitucionais fundamentais de um estado democrático de direito, pois nem mesmo empresas aqui estabelecidas há anos e que muito contribuem para o nosso desenvolvimento econômico, gozam de tais benefícios. 
Artigo escrito por José Marcos Werneck - Consultor Jurídico

Domínio customizado deve diminuir disputas judiciais entre empresas

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Desde o último dia 12 de janeiro, empresas, cidades e organizações já podem solicitar a personalização do seu domínio na internet. Ou seja, ao invés dos conhecidos .com, .br, .net, entre outros populares, o interessado poderá obter uma .marca (.conjur, por exemplo). Esta inovação tecnológica, além de trazer inúmeros benefícios do ponto de vista comercial para as empresas  — como fortalecimento da marca —, deve diminuir as brigas que se travam na Justiça por partes que defendem o direito de utilizar determinado domínio.
O advogado Franco Brugioni destaca duas grandes vantagens com o novo sistema. Uma é de natureza tecnológica, já que os registros customizados serão armazenados em um estoque chamado IPV6, que tem uma capacidade 300 vezes maior que o IPV4 (em que são realizados os domínios .com, e que está praticamente esgotado). A outra é de ordem prática: como a análise do pedido de registro personalizado se dará de forma mais criteriosa que o domínio .com, o número de aproveitamento parasitário deve ser menor.
Aproveitamento parasitário é uma prática em que alguém, ciente do interesse que um domínio ainda não registrado possa despertar em algumas organizações, o registra, mesmo sem ter nenhuma legitimidade para tal, com o exclusivo interesse de obter vantagem financeira posteriormente.
O advogado Fernando Botelho explica que a jurisprudência no Brasil já vem se consolidando no sentido de que o domínio cabe àquele que tem o mínimo de legitimidade ou, relação com aquele nome. Porém, como qualquer processo na Justiça, uma ação como esta pode levar anos. Por isso, muitos interessados acabam preferindo fazer um acordo com quem registrou o domínio. Este acordo, em via de regra, consiste na disponibilização do domínio mediante remuneração financeira. "É prudente que o registro não seja concedido sob mera vinculação aparente", afirma o advogado.
De acordo com o coordenador da área de Propriedade Intelectual e Tecnologia da Informação, Rodrigo Azevedo, a decisão de postular esses domínios muitas vezes está relacionada à repressão a fraudes na internet: "Usar um domínio superior com a marca da empresa pode ser útil na prevenção a esses crimes." Assim, tudo o que estivesse publicado abaixo de "marca X", por exemplo, seria conteúdo oficial da "marca X" diferentemente de outros endereços no .com ou no .com.br."
"Mas o risco maior é que outra empresa homônima postule um domínio similar, o que pode relegar a marca nacional a um segundo plano na internet e mesmo nos resultados das buscas", indica.
Mesmo que a análise destes novos registros não fosse mais cuidadosa que a que é feita para as extensões já mundialmente conhecidas, um fator que fatalmente tende a diminuir o aproveitamento parasitário é o custo de se ter um domínio personalizado. Só a taxa de registro custa US$ 185 mil, e a manutenção anual não sai por menos de US$ 25 mil. Botelho ressalta que se por um lado os valores induzem à diminuição do aproveitamento parasitário, por outro, é nítido que impedirá que pequenas e médias empresas façam uso desta inovação.
O advogado Omar Kaminski, especialista em Direito na Internet, acredita que muitas empresas deverão buscar o registro para proteger suas marcas, evitando que outros o façam no caso de nomes mais genéricos. "Mas além de caro, não traz grandes vantagens práticas além de reforçar a marca, caso utilizado de forma convencional", afirma. Ele também acredita que poucas empresas tenham se preparado de imediato para fazer uso inovador de um domínio mundial próprio. "É um grande passo de abertura da Icann, mesmo em tempos do e-mail sendo substituído pelas redes sociais e o nome de sites, pela busca no Google", conclui.
Ter se preparado para este momento pode fazer grande diferença para aqueles que pretendem se beneficiar desta opção que está sendo considerada pelos especialistas de TI, uma gradativa revolução na internet. O Icann receberá os pedidos de domínios personalizados somente até o dia 12 abril, e não há previsão para novo período de recebimento de pedidos.
O Icann explica que a permissão vai mudar o modo como as pessoas encontram informações na rede e como os negócios planejam e estruturam sua presença online. Nomes de endereços de internet poderão aparecer em quase todas as línguas do mundo, o que vai oferecer às organizações a oportunidade de fazer a propaganda de sua marca, produtos, comunidade ou causa de novos e inovadores modos.
O advogado Solano de Camargo ressalta que a lei brasileira defende o consumidor que tiver prejuízos em virtude de equívocos relacionados a domínios parecidos. Por isso uma organização deve ter cuidado ao personalizar o seu domínio. Ele acredita que os domínios personalizados trarão um grande desafio aos profissionais de marketing que é encontrar um domínio personalizado que mantenha a identidade da empresa junto ao seu consumidor. "Como será um dominínio customizado de uma multinacional aqui no Brasil? Será .marca, .brasil.marca? O que a princípio surge como uma inovação técnológica, pode se revelar um grande desafio na área de marketing", afirma.
Para Solano Carmargo, o esgotamento do IPV4 já é suficiente para justificar a abertura do IPV6, porém não se pode pensar que os riscos de fraudes serão extintos. "Imaginemos que este veículo registre um domínio .consultorjurídico. E, depois alguém resolva registrar um que é apenas .jurídico. Este segundo resolve colocar como subdomínio a palavra consultor. Pronto, temos um consultor.jurídico. Embora a medida deva dificultar as fraudes, elas sempre existirão", conclui o advogado.
Fonte: Consultor Jurídico

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Anúncio da D'Mark no Informativo Sindicont

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A D'Mark também está presente nos veículos de comunicação ligados às entidades de classe, tal como o Informativo do Sindicato dos Contabilistas de Criciúma (Sindicont). Confira o anúncio desenvolvido para a página 2 do impresso.


quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Google compra 222 patentes da IBM

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A Google comprou mais de 200 patentes da IBM. Agora, a gigante de buscas on-line passa a ter cerca de 2,2 mil registros de propriedade intelectual adquiridos da veterana companhia de computação corporativa. O negócio, originalmente divulgado pelo blog SEO by the Sea foi confirmado por um porta-voz da Google, que não quis comentar o motivo dessas aquisições em particular e como elas podem beneficiar os produtos da companhia e seus usuários.

O conjunto de patentes da IBM comprado pela Google, em 30 de dezembro de 2011, inclui 222 patentes e abrange uma variedade de tecnologias, como gestão de e-mail, backup de servidores, ajustes e recuperação de dispositivos, e-commerce, publicidade, apresentação de sites móveis, mensagens instantâneas, calendário e ajuste de banco de dados. A Google adquiriu cerca de mil patentes da IBM, em julho do ano passado, e aproximadamente outras mil, em setembro.

No passado, executivos da Google admitiram que as patentes foram compradas para ajudar a empresa a evitar ações judiciais de propriedade intelectual e que, quando há um processo por causa da violação de uma delas, ter adquirido a patente em questão aumenta a capacidade de a companhia se defender.

É difícil determinar quais patentes representam uma tecnologia que a Google planeja desenvolver e quais são destinadas à proteção contra processos, afirma o analista da consultoria IDC William Stofega. No entanto, considerando a grande quantidade de ações judiciais relacionadas à tecnologia IP (Internet Protocol) em dispositivos móveis, ele afirma que o foco da ação deve ser enfrentar esse tipo de processo.

"A Google tem se dado muito bem com o que fez até agora, mas seu portfólio de patentes não é tão rico quanto o dos outros, especialmente no mercado de dispositivos móveis", afirmou o analista. "Se você vai ser um competidor nesse setor, precisa ter certeza de que suas patentes estão em dia para que a sua propriedade intelectual esteja resguardada."

Grande parte da motivação da Google para comprar a Motorola Mobility foi o portfólio de mais de 24 mil patentes. Esse acordo de 12,5 bilhões de dólares deve ser concluído no início deste ano, depois que as empresas conseguirem todas as aprovações necessárias

Fonte: Portal UOL